Welcome to the first unofficial Portuguese/English fan-site for the portuguese-american actress Daniela Ruah. She starred for 14 years in the worldwide famous CBS tv show NCIS: Los Angeles. We have no affiliation nor do we represent Daniela in any way. This is just a work of a fan. ENJOY!
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DanielaRuahFans Celebrating 14 Years Online


O Espalha-Factos visitou as gravações do telefilme de comédia Os Vivos, O Morto e o Peixe Frito, inspirado no livro de Ondjaki. O próximo telefilme da RTP1, realizado por uma mulher e protagonizado por atores africanos é um exemplo de mudança.

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Magazine & Newspapers Scans > 2021 > Espalha-Factos – Julho 2021

Gravado no centro de Torres Vedras, em plena harmonia com os torreenses, este é um dos 10 telefilmes – filmes produzidos para estrear na televisão – do projeto Contado por Mulheres, todos a serem gravados fora de Lisboa.

“Este projeto é inovador: tem um conjunto de realizadoras, é realizado pelo país inteiro, e tem um risco, calculado, mas que é trazer novos nomes para a realização. Metade dos telefilmes são realizados por pessoas que nunca realizaram”, afirma José Fragoso, diretor de programas da RTP.

Para Daniela Ruah, esta não foi a sua estreia absoluta na realização. De Hollywood para Torres Vedras, – depois de realizar pela primeira vez um episódio da série NCIS – voltou a inverter os “papéis”: “Nos Estados Unidos fazemos até 45 minutos por episódio (no NCIS). Aqui tenho até 60 minutos, portanto vou aumentando devagarinho. Se calhar o próximo projeto já é 90 minutos, vamos ver.“ (risos)

Num meio onde é difícil dar os primeiros passos, Daniela Ruah confessa que teve uma oportunidade única: “Quando comecei a pensar em realizar nos Estados Unidos, foi um bocado por empurrão de vários amigos – sendo o Diogo Morgado um deles. Começámos a falar em fazer qualquer coisa além da representação e com os recentes movimentos do empoderamento feminino, há espaço para conseguirmos dar esse passo sem termos pessoas a dar-nos para trás. Para agarrar esta oportunidade, tinha que ser agora. Mesmo no meio televisivo dos Estados Unidos, é muito difícil começarmos a realizar televisão, ou seja, se eu não começasse agora na minha série, seria muito difícil começar a realizar noutra série sem me conhecerem, sem ter algum currículo“, explica.

“Tal como em Portugal, acho que em todo o lado os produtores gostam de trabalhar com quem conhecem e com quem confiam. E lá está, a Pandora da Cunha Telles – produtora dos telefilmes – e a Ukbar Filmes tiveram a ideia deste projeto criado por mulheres precisamente para dar oportunidade a mulheres, neste caso, de se inserirem neste meio, no sentido em que, caso contrário, não teriam tido oportunidade de o fazer. Todas nós somos atrizes, viemos do meio da publicidade, temos uma bailarina, etc. Temos uma panóplia de experiências aqui que podem dar muita informação à parte de contar uma história.“, relata.

Sendo este telefilme inspirado num livro de um escritor angolano, sobre a cultura africana e representado por atores africanos, é legítimo questionar a razão deste não ser também realizado por alguém das mesmas origens.

Igor Regalla, no entanto, faz questão de sublinhar que, neste caso, “está tudo certíssimo”: “A Daniela não perde nada nesse sentido, porque ela também é emigrante. Ela também está num país que não é o dela e eu acho que isso faz com que a postura dela seja super aberta. Nunca me disse não a uma ideia e, do que eu vi, isso não acontece, pelo contrário. Não só não deixa ninguém para trás como nos eleva: nós fazemos cenas simples e de repente vai a realizadora – que também é atriz e nota-se essa sensibilidade – e melhora tudo. Chega com propostas muito específicas e sabe muito bem o que é que quer, mas não é por isso que chega e é uma ditadora, de todo. Desde o início que ela nos pede para lhe darmos a nossa sabedoria e a nossa cultura, e tem sido este casamento constantemente. Por isso é que não há alegria maior, está tudo certíssimo.”

Sobre a mesma questão, Daniela Ruah confessa que quando lhe ofereceram este projeto especificamente, teve de pensar para si própria qual o motivo dessa escolha e o que é que poderia trazer a um projeto como este: “É isso mesmo que o Igor disse. Eu posso não saber o que é ser africana em Portugal, mas sei o que é ser imigrante de Portugal. Tenho uma noção muito grande do que é ser emigrante, e sei o que é ser o outro, porque no meio masculino eu sou a outra, como mulher, num país católico, eu sou judia (…). De qualquer forma, eu tenho aqui uma enciclopédia de pessoas que nasceram em África e vieram para cá, ou outros atores que já nasceram cá e nem sequer têm sotaque a falar português. Basta perguntar como é que foi a sua experiência: «Olha, nesta situação que expressão é que tu usarias aqui que não está no guião? Dirias assim ou assado? Então bora, usa isso!» Estive a ver entrevistas com realizadores estabelecidos, como Tarantino, e daqueles que eu gosto muito não há um que não diga que a colaboração não é o mais importante. Não vale a pena trabalharmos numa ilha nesta indústria, porque não funciona.”

A atriz e realizadora acrescentou também que a realização a tranquiliza sobre o futuro: “O meu marido há uns anos fez-me uma pergunta e eu não tinha resposta, e isso preocupava-me, que era «se não estivesses a fazer isto, a representar, se isto não te tivesse corrido bem, e de repente ficasses sem trabalho, o que é que tu farias, que te fizesse feliz?”» Eu não tinha resposta, porque sempre trabalhei. Mas essa pergunta é muito real e pode acontecer a qualquer atriz, por qualquer motivo. Ficar sem trabalho durante 5 anos, 10 anos… já aconteceu a muita gente que era muito boa e popular e trabalhava muito e de repente, desaparecem. Agora já tenho resposta: realizar. Nunca pensei encontrar uma paixão igual à representação aos 37 anos. É uma coisa interessante. Encontrei uma parte de mim que não sabia que existia e isso faz-me feliz. Mesmo sem trabalho como atriz, posso produzir o meu próprio filme, posso criar, não preciso de esperar pelo trabalho.”

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