Brave: Indomável não é a sua estreia no universo dos filmes de animação (note-se que já tinha feito dois filmes de animação, “Os Robinsons” e “Carros” da Disney), mas marca a sua primeira protagonista. O que a levou a aceitar o desafio?
Em primeiro lugar por ser da Pixar/Disney e acho que até hoje não houve nenhum filme que não fosse bom e que não tivesse sucesso. Que não fosse divertido de ver e com músicas que decorámos e gostamos. A própria personagem tinha muito a ver comigo: aquele lado aventureiro, um bocado Maria-rapaz, que sabe o que quer fazer. Identifiquei-me com essa parte. Já tinha noção de que queria fazer o filme mas depois de ter visto o trailer – o tipo de imagens, aventuras e estética – disse logo que sim.Sempre a encantaram as histórias de princesas e guerreiros?
Sim, mais em miúda do que agora, claro. Mas hoje em dia conseguem fazer com que as personagens sejam tão humanas, não só na forma de falar como na própria estética das personagens, na parte física, no movimento do cabelo, no olhar, e isso dá-me mais interesse porque parece que estou a ver actores verdadeiros a representar.Qual foi a maior dificuldade?
Foi sem dúvida a parte da linguagem porque, os desenhos animados são tão bem feitos que agora os movimentos das bocas coincidem exactamente com as palavras em inglês [técnica de lip sync]. Quando dobramos temos de ter a certeza que a frase em português acaba na mesma vogal que a palavra em inglês, de modo a acabar igualmente com a boca aberta ou fechada. E isso é o maior desafio, até porque temos de ter a certeza que o português é correcto e corrente. Isso é difícil de fazer.
Fonte: Destak