DANIELA RUAH: AS SAUDADES DOS FILHOS, ‘OS TRAIDORES’ E O FUTURO
O que te cativou mais neste formato?
Foi o desafio de nunca ter apresentado um programa assim, que mistura um formato com guião e também a vertente de ‘reality’. E muito menos um programa que requer esta quantidade de dias de gravação e as longas horas.
Já tinha visto o formato britânico. Vi alguns episódios do australiano, também dá nos Estados Unidos. Já tinha a noção do que é que este programa ia incorporar. E fiquei com bastante interesse porque lá está, é um programa que eu também gosto de ver.
O programa junta mistério, estratégia e desafios. Uma mistura que não é muito comum na televisão portuguesa. Com que mentalidade é que entraram os concorrentes?
Bastante aberta, já que nem todos tinham visto o formato de outros países. Alguns entraram completamente cegos. Quando os entrevistámos no primeiro programa, a maior parte deles disse que estava à procura de uma aventura.
Mas o programa não é só mistério. Acabou por ser uma ligação entre seres humanos todos diferentes, de faixas etárias e profissões diferentes, que se uniram imenso ao longo do jogo e que criaram laços de amizade palpáveis.
Acho que o público se vai relacionar muito com eles, vai acabar por se apaixonar pelos concorrentes. Eu também me apaixonei por todos eles.
Quem é que se dava melhor neste programa: tu ou a Kensi? [A personagem de Investigação Criminal Los Angeles]
[Risos] Tanto uma, como a outra. As qualidades [que partilhamos] para este formato são as mesmas: gostar de aventura e de não haver maldade, mas sim diversão na procura dos traidores.
Como é que foi feita esta gestão de tempo e família, entre viveres em Los Angeles e gravares em Portugal?
Foi planear as datas com o meu marido. Os meus filhos ainda estão na escola e entraram agora em férias da Páscoa. Vou perder os primeiros dias das férias deles, mas têm duas semaninhas. Portanto, ainda vou poder aproveitar bastante.
Acabei de gravar a última temporada de Investigação Criminal Los Angeles e consegui conciliar com a SIC. Vim só mesmo para fazer isto, isto não são as minhas férias. Ficaram lá eles e eu vou voltar e vou abraçar os meus filhotes. Já estou cheia de saudades.
O que se segue? Realizaste um telefilme para a RTP e seis episódios de ‘Investigação Criminal Los Angeles’. É esse o caminho que se segue?
É um caminho paralelo ao da representação. Estou a tentar também entrar por um caminho de produtora executiva de alguns projetos, uns meus, outros não. Tenho aqui três trilhos muito interessantes. Eu sempre disse que qualquer pessoa nesta indústria poderia criar o seu próprio trabalho e não ficar à espera que oferecessem um. E então, estou a seguir os meus próprios conselhos.